Antes de tudo é importante compreender que quando estamos em formação no útero, a nossa respiração e alimentação funciona de uma forma bem diferente. Durante a gestação o nosso sangue passa pelas vias do coração de um lado para o outro, sendo uma passagem bem direta do lado esquerdo ao direito, não sendo necessário atravessar os nossos pulmões. Isso acontece porque enquanto estamos dentro do útero a nossa respiração não é por meio do ar ambiente. Quando nascemos, essa comunicação entre os lados do coração é fechada natural e espontaneamente em algumas horas de vida.
O problema acontece então quando essa comunicação entre os lados do coração permanece com pequenas aberturas persistentes que criam coágulos pequenos, mas que podem ser um problema para o bom funcionamento da circulação sanguínea. Há também a possibilidade de ser um fator crucial para o AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Com o cateter podemos corrigir essa comunicação e prevenir a ocorrência de eventos embólicos, por exemplo o AVC, pois coágulos sanguíneos podem passar por essa comunicação e atingir o cérebro, isso de forma menos invasiva e agressiva que um procedimento cirúrgico tradicional. A técnica vai permitir que o paciente tenha um risco menor e um tempo de recuperação mais rápido se comparado com outras opções de tratamento. Antes de aplicar o cateter é necessário avaliações minuciosas do quadro de saúde do paciente, que deve buscar pelo médico a partir dos sintomas: paralisia de parte do corpo, alterações de comportamento e memória, visão alterada, fala arrastada, partes do corpo apresentando esfriamento e dor abdominal.