A CIV é uma forma mais curta de identificar a comunicação interventricular, que é a cardiopatia congênita mais prevalente no Brasil. Ela ocorre em casos em que existe uma abertura anormal na parede do septo, causando uma divisão dos ventrículos. Isso permite a passagem de sangue de uma câmara para outra, afetando mais o lado esquerdo, com acesso aos pulmões. Neste caso, é preciso conter o fluxo sanguíneo indevido nas câmaras cardiovasculares, para não desenvolver um problema mais grave e alterações no bombeamento do sangue.
O problema ocorre no coração devido a uma má formação sutil, que acontece logo nas primeiras semanas da gestação e segue em evolução até o nascimento. Enquanto estamos nos formando no útero da mãe, os nossos órgãos iniciam um processo de divisão e desenvolvimento, assim como o coração, que precisa gerar as câmaras de pulsação esquerda e direita, promovendo o funcionamento do coração como um bombeador importante para circular o sangue pelo corpo todo. Se ocorrer um problema durante essa formação, mesmo que seja sutil, é provável que o paciente tenha um distúrbio futuro neste órgão, neste caso, o coração.
Os agravantes desse problema afetam o bom funcionamento do coração desde o nascimento, que sofre uma sobrecarga com o fluxo excessivo de sangue. Com as câmaras recebendo uma quantidade exagerada, o bombeamento para os pulmões e para o corpo em geral sofre alterações, e o coração ainda recebe um trabalho em dobro, o que não é o ideal. O coração pode ter um aumento perigoso em seu tamanho; além disso, os pulmões podem ter várias lesões em suas paredes arteriais que se tornam permanentes com o tempo e sofrem com o aumento da pressão. Esse problema é o que chamamos de “sopro no coração” na linguagem popular. O ditado se dá devido ao diagnóstico, onde o médico literalmente escuta um sopro vindo do órgão.
Os sintomas da criança que desenvolve a CIV incluem falta de ar, dificuldade para se alimentar e dificuldades no desenvolvimento físico. É possível que o orifício irregular se feche com o tempo sozinho, mas há casos em que o problema continua prejudicando o paciente. Então, para evitar complicações, é necessário realizar uma intervenção médica com o método de cateterismo.